Judeus de Kiev celebram Rosh Hashaná e tudo correu bem em Uman
Absolutamente nenhum problema ocorreu com os mais de 20.000 peregrinos judeus hassídicos que se deslocaram até Uman, localizada ao 200 km ao sul de Kiev. Todas as possibilidades, principalmente de um ataque verdadeiro ou falso, para culpar um lado ou outro e envolver Israel, não aconteceram. Isto é um alívio.
Em Kiev, capital da Ucrânia, existem pelo menos 15 sinagogas. A cidade permanece com toque de recolher e ninguém pode estar nas ruas a partir das 23h. O rabino-chefe do momento é Jonathan Markovich, do Chabad, que conduziu as orações do Ano Novo Judaico na sinagoga Chabad da rua Saksahanskoho (na foto oficial de divulgação). O acendimento das velas e o serviço religioso foram adiantados para antes do pôr-do-sol permitindo tempo para o jantar festivo e para as pessoas voltarem para as suas residências.
A sinagoga do Chabad de Kiev não é grande e pouco mais de 50 pessoas estiveram presentes.
Estiveram presentes políticos ucranianos, representantes das forças armadas e diplomatas de Israel, Áustria e Inglaterra. Vários soldados ucranianos judeus receberam licença da linha de frente o foram até Kiev para a festividade.
O primeiro-ministro ucraniano, que está na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque enviou uma carta (é, ainda existe isto) ao rabino Markovitch, desejando um feliz ano novo judaico e agradecendo a contribuição dos judeus ucranianos ao esforço de guerra.
O Chabad também distribuiu kits de alimentos para Rosh Hashaná, contendo também as espécies vegetais para Sucot. O rabino Markovitch disse que a maioria dos judeus que permaneceram em Kiev são idosos e necessitados e todo o possível está sendo feito para manter a segurança alimentar deles.
No início da guerra havia 18.000 judeus em Kiev, correspondendo a 1% da população. Até o dia 20 de setembro 13.000 judeus ucranianos, 24.000 judeus russos e 1.000 judeus bielorrussos imigraram para Israel pela Lei do Retorno. Estima-se que há 200.000 ucranianos que se qualificam pela Lei do Retorno, ou seja, têm pelo menos um avô judeu. Outros 38.500 ucranianos que não se qualificam para a cidadania Israelense também foram para Israel.