MADUREIRA CHOROU? MADUREIRA QUASE CHOROU!!!
Esta não é uma resenha literária. E não é, por um motivo. Não sou crítico literário. Sou, apenas, um ávido leitor que lê compulsivamente.
Tive a sorte de receber de presente, “MADUREIRA QUASE CHOROU”, escrito, aliás, muito bem escrito e de leitura fácil, por Betty Steinberg, que se joga nas artes literárias com esse romance histórico que nos traz a vida de diversas famílias de nossa comunidade judaica carioca, com início nos confins da Polônia, em algumas das vilas bastante fornidas de judeus.
A trama se desenvolve a partir da vida judaica anterior à Segunda Guerra Mundial, na Europa, passa pelos guetos, pelas mortes sem sentido perpetradas às famílias judias pelos antissemitas nazistas e poloneses, encontra a resistência tênue nas florestas, chega ao Rio de Janeiro, dá um pulinho em Paris e termina na zona sul carioca, após certas andanças pelos bairros da zona norte carioca.
Betty Steinberg tem a lucidez de compreender a necessidade de que uma obra cujo Holocausto é tema lapidar e capital da trama, precisa de imediata tradução, no próprio texto, de palavras em iídishe e hebraico, para que leitores não judeus, não percam uma linha do que trata a trama.
Enfim, Betty Steinberg, quando nos faz, em cerca de 200 páginas, viver a vida de 5 gerações de judeus e judias a partir da Europa, ultrapassando a mais difícil fase vivida por nossa gente e chegando ao nosso convívio para enriquecer a Cidade Maravilhosa, brinda a todos com o preenchimento de uma lacuna que tem faltado entre nós: as histórias sofridas de nossos parentes que só Deus sabe como, se salvaram da matança indiscriminada praticada pelos antissemitas entre 1939 e 1945.
Sugiro a leitura!
A obra pode ser encontrada através da Amazon!
Parabéns, e muito obrigado Betty! Bension & Cia. frequentaram meus sonhos e pesadelos por, ao menos, 8 dias!
Continue escrevendo!
Ronaldo Gomlevsky
