Prefeito de Hebron oferece cerca de US $ 5 para cada cão de rua morto
O prefeito palestino da cidade de Hebron, na Cisjordânia, ofereceu 20 shekels, o equivalente a cerca de 5 dólares, para cada cachorro de rua morto por um morador da cidade. “Quem matar um cachorro de rua ou nos entregar um cachorro de rua que foi morto, estamos dispostos a recompensá-lo com 20 shekels (US$ 5,6) para cada cachorro entregue a nós”, disse o prefeito Tayseer Abu Sneineh na semana passada durante uma entrevista em um jornal local. rádio enquanto falava sobre o problema da superpopulação de cães vadios.
Após a entrevista, os moradores de Hebron postaram fotos de si mesmos nas redes sociais torturando e matando cães vadios.
Sneineh esclareceu no fim de semana que não existe esse programa de recompensas e que ele não estava falando sério quando fez a oferta em dinheiro.
A Animal and Environment Association em Belém, o único abrigo de animais na Cisjordânia, dieclarou em um comunicado que o prefeito disse que iria “estudar ideias sugeridas de outras instituições e do governo civil” sobre como lidar com os cães vadios. “O prefeito deve declarar o fim desta campanha sangrenta que resultou em matar muitos cães, atirar, enforcar, abusar deles, atropelá-los por carros”, disse a associação, acrescentando: “O que aconteceu hoje está além da humanidade e da ética, nenhuma religião aceitar tais ações que incitam ações bárbaras contra animais inocentes.”
Pela verdade, há praticamente 100 anos atrás, entre 1924 e 1929, os 5 dólares eram entregues não para quem matasse cães de rua, e sim judeus. O mufti de Jerusalém, Haj Amin al Husseini, criou uma tabela de recompensa por judeus mortos, com valores diferenciados, para velhos, homens, mulheres e crianças, que valiam menos, pois na visão racista do mufti muçulmano sunita, eram mais fáceis de matar.
A questão básica do islã com os cachorros é mais sensível no ramo xiita. Existe uma antiga interpretação clerical, entre as dezenas de milhares que existem e tem força de lei apenas para os que as decidem seguir, onde a porco e cachorro teriam sido igualados na proibição de consumo como alimento, portanto, como não se cria porcos, muito menos dentro de casa, também não se deveria criar cachorros.
Existem setores muçulmanos que consideram um cachorro, tão ofensivo quanto um porco, mas trata-se de uma pequena minoria. Evidentemente, nenhuma ONG ocidental vai abrir o bico por palestinos terem trucidados cachorros nas ruas.
Isso aconteceu, menos de um mês depois do governo iraniano, afirmar na ONU que os judeus são selvagens. Pois é…
Imagem: ilustrativa, Skyline de Hebron em 2013 foto de Derek Winterburn CC BY-ND 2.0