EUA acusa membro do Hezbollah por participação no ataque da AMIA em 1994
O Departamento de Justiça norte-americano acusou um cidadão libanês-colombiano com dupla nacionalidade de desempenhar um papel fundamental no atentado terrorista de 1994 ao centro comunitário judaico AMIA em Buenos Aires, entre outros atos de terrorismo.
Samuel Salman El Reda, 58 anos, atua no Hezbollah desde 1993 e foi supostamente fundamental no atentado de 1994, transmitindo informações aos agentes que o realizaram, de acordo com o comunicado divulgado quarta-feira pelo departamento de justiça.
“El Reda foi responsável, entre outras coisas, por ajudar a planejar e executar o ataque à bomba do edifício Associação Mutual Israelita Argentina (“AMIA”) em Buenos Aires, Argentina, em 18 de julho de 1994, que matou 85 pessoas e feriu centenas mais,” disse a deliberação. Ele está baseado no Líbano e permanece em liberdade. El Reda é acusado de fornecer apoio material a uma organização terrorista designada.
O atentado foi o ataque terrorista mais mortal da história da Argentina e, até este ano, o maior massacre de judeus desde o Holocausto. Duas pessoas foram condenadas por acusações relacionadas ao ataque na Argentina, embora seus mentores não tenham sido levados à justiça. El Reda é o primeiro acusado, pelos Estados Unidos de um crime relacionado ao ataque.
Imagem: foto oficial da tentativa de encontrar sobreviventes poucos minutos após a explosão e desabamento do prédio da AMIA, em 1994
