Sinagoga Hurvá já foi duas vezes destruída e três vezes reconstruída
Localizada no Bairro Judaico, em Jerusalém, a Hurvá é também conhecida com Sinagoga da Ruína (hurvá quer dizer ruína). A primeira sinagoga foi construída em 1700 por judeus asquenazitas. A morte prematura do rabino que construiu, fez com que os seus paroquianos pedissem empréstimos ao árabes. Porém, em vingança pelos defeitos, a incendiaram em 1720 e expulsaram toda a comunidade da cidade.
Em 1864 foi construída a segunda sinagoga “Hurva”, no mesmo local da primeira mas com muito mais esplendor e, tornando-se o símbolo por excelência do renascimento espiritual e nacional judaico.
Já em 26 de maio de 1948, durante a Primeira Guerra Árabe Israelense, a Legião da Jordânia deu um ultimato aos israelenses. Ordenou que se rendessem ou a Hurvá seria bombardeada. No dia seguinte, depois de não receberem nenhuma resposta, os jordanianos explodiram a sinagoga histórica colocando um barril de 200 litros cheio de explosivos contra a parede do prédio.
Após Israel reconquistar e reunificar a Cidade Velha em 1967, houve um debate sobre se reconstruir a sinagoga ou deixá-la como um memorial.
SOLUÇÃO TEMPORÁRIA
Uma solução temporária e simbólica foi criada. Em 1977, um dos quatro arcos de pedra que originalmente sustentavam a cúpula monumental da sinagoga foi recriado. Com o que restava da construção,o local tornou-se um memorial sobre o que havia no local anteriormente, tornando-se um importante marco no Bairro Judeu.
O plano para reconstruir a sinagoga em seu estilo original recebeu aprovação do Governo Israelense em 2000, tendo as obras sido iniciadas em 2007.
Em 15 de março de 2010 a terceira sinagoga Hurvá foi inaugurada.
A Sinagoga Hurva, como um emblema de Jerusalém e de sua herança judaica, foi retratada ao longo dos anos em várias pinturas e mencionada na literatura e na cultura.
Em setembro de 2010, o Hamas veiculou um vídeo de propaganda mostrando vários marcos israelenses, incluindo a sinagoga Hurva, em chamas após sofrer um ataque de mísseis, resultado de efeitos especiais, já que nenhum desses ataques havia ocorrido.