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Casos de Covid-19 aumentam rapidamente em Israel

Apesar da alta taxa de vacinação, Israel também tem uma alta taxa de recusa à vacina, chegando a meio milhão de pessoas. Situação pior enfrenta os Estados Unidos, onde também apesar do número enorme de pessoas que já estão com as duas doses da Pfizer tomadas, cerca de 47% da população não se vacinou e parece que não pretende se vacinar. Isso corresponderia a mais de 150 milhões de pessoas.

Em uma semana o número de novos infectados diariamente nos EUA passou de 13.000 para 50.000 (um aumento de 260%). Em Israel, em um mês o número de casos passou de 165 para 12.000 (um aumento de 1.375%), e o número de casos graves subiu de 25 para 121 (um aumento de 168%). No mesmo período, faleceram 20 pessoas. Os números são baixos, ainda mais se comparados ao Brasil, mas as taxas de crescimento de infectados é imensa.

Nenhuma pessoa bem-intencionada imaginava que ao sucesso da vacinação nos EUA e Israel, com a consequente reabertura geral e realização de grandes eventos sem distanciamento social, que o vírus fosse encontrando novos espaços. Todos os que previam isso, corretamente, eram taxados de estúpidos, imbecis, e quiçá, fascistas. A vacina é a solução ainda é o lema e o tema.

Israel e EUA estão chegando numa encruzilhada também prevista e antecipada pela variante Delta indiana. O que fazer com a parcela da população que se recusa à vacina, onde parece que o vírus está ganhando força? Está evidente, é só olhar pela janela, que o conceito epidemiológico que os especialistas pró-vacina venderam na mídia de que a partir de 50% da população inteiramente vacinada a epidemia tende a definhar, ou 70% segundo outros especialistas, está sendo desafiado por este vírus infernal. Pelos dados do dia 26 de julho, Israel tem 61,33% da população inteiramente vacinada.

Houve protestos diante da casa do primeiro-ministro Bennett, de anti-vaxxers que não aceitam serem responsabilizados por estarem ficando doentes. Nos EUA, o médico Fauci, hoje assessor do presidente Biden, também pretende endurecer e voltar a exigir máscaras para uso em todos os lugares.

Também no dia 26, o Ministério da Saúde de Israel declarou que nos últimos 30 dias, nada menos que 2.000 passageiros que desembarcaram de aviões em Israel estavam ativos para covid-19 e isso parece algo inimaginável. Mais de 40, vindos da Turquia e Grécia portavam ativamente a variante Delta. A normalização não parece estar sendo saudável.

Até o dia 26, também continua a névoa cerrada ao longo de todo o dia, onde nenhum tripulante de nenhuma companhia aérea do mundo foi apontado como doente ou falecido por covid-19, o que se trata de um óbvio encobrimento.

A China endureceu com a OMS acusando a entidade mundial de tendenciosa, por pretender investigar os laboratórios de Wuhan novamente. Já em relação à Índia, especialistas vem alertando para o número verdadeiro de mortos, ser pelo menos, dez vezes maior que o anunciado oficialmente.

Por José Roitberg

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.