Guerra entre a Autoridade Palestina e fundamentalistas islâmicos já deixou 11 mortos, inclusive um general e 40 feridos

Depois de Israel fazer a limpa na Jihad Islâmica em Jenin, as tropas policiais da Autoridade Palestina puderam adentrar na cidade palestina e restabelecer o controle de seu governo lá.

Poucos dias depois os combates entre a Fatah, o grupo no poder na Autoridade Palestina que é muçulmano sunita secularista está envolvido em combate aberto contra um grupo palestino ainda não nominado, mas definido pela Autoridade Palestina como “islamita”, no campo de refugiados de Ein el-Hilweh um subúrbio da cidade de Sidom.

O confronto foi iniciado no sábado quando desconhecidos tentaram matar um militante da Fatah, erraram e assassinaram um amigo dele que estava junto.

Em seguida, num estacionamento, o general palestino Abu Ashraf al Armoushi, considerado o líder da Fatah no Líbano foi fuzilado junto com os três guarda-costas dele. Daí em diante a situação saiu de controle e os combates continuaram pelo terceiro dia seguido, segunda-feira 31 de julho.

Em princípio tanto o Hamas quanto o Hezbollah se posicionaram exigindo que o conflito cesse imediatamente, mas ninguém irá dar ouvidos a eles. Não está claro qual é o objetivo do grupo que está atacando a Fatah.

O partido árabe cristão que ainda existe no parlamento libanês está exigindo que o exército do Líbano entre no campo de refugiados, apreenda todas as armas e passe a controlar o local, coisa que não irá acontecer.

No Líbano, a maioria dos palestinos vive na pobreza, restritos pelo governo aos campos de refugiados e com pesadas restrições em relação a possibilidades de trabalho. Internacionalmente se acredita que existem 200.000 palestinos no Líbano, mas a UNRWA, organização da ONU criada para apoiar os refugiados palestinos repassa mensalmente valores equivalentes a meio milhão de refugiados para a Autoridade Palestina, segundo publicado pela agência AP – Associated Press.