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Irã tentou desativar o sistema de sirenes de alarme israelense durante os cinco dias de guerra

Uma ação de hackers operando a partir do Sudão de um grupo de que se autodenomina Anonymous Sudan, em conjunto com o coletivo Asa Musa (em persa significa Moses Staff, em tradução livre Funcionários de Moisés), atacou o sistema interligado de alerta contra ataques de mísseis em Israel, sem sucesso.

O sistema automaticamente aciona sirenes de alerta para as pessoas procurarem abrigo e também dispara mensagens de aplicativos de celular para os locais onde o Domo de Ferro detectou risco e está lançando mísseis de interceptação.

Os hackers foram capazes apenas de tirar do ar alguns websites que publicam as informações de alerta, temporariamente, inclusive o app Red Alert que é privado. O sistema oficial de sirenes e alertas oficiais do governo não foram atingidos. O Red Alert é muito utilizado em cerca de 200 mil telefones em Israel e por pessoas fora de Israel que querem ficar a par no momento em que as coisas acontecem. Sua última atualização foi a dois anos, em maio de 2021 e isso pode ter favorecido a vulnerabilidade.

Tela do app Red Alert

O objetivo, dito por eles mesmos, era que os israelenses não tivessem aviso dos ataques e fossem pegos de surpresa fora dos abrigos. Ou seja, uma intenção mortal.

Imagem: ilustrativa tirada em dezembro de 2008 mostra policial israelense jornalista e outras pessoas se protegendo na rua durante um alerta de mísseis disparados pelo Hamas. Foto de Amir Farshad Ebrahim / CC BY-SA 2.0.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.