O Negro no Futebol Brasileiro
Estou revisitando um dos maiores clássicos da literatura nacional, pesquisado, cheio de pormenores, com uma busca sensacional pela verdade, escrito por Mário Filho, o irmão de Nelson Rodrigues que deu nome ao Estádio do Maracanã.
O Negro no Futebol Brasileiro, livro meu de cabeceira nos tempos da minha infância, logo depois da Copa de 1958, quando já me preparava para chegar aos 10 anos, sendo do mesmo signo (escorpião) do maior ídolo que tive na vida. O segundo foi Zico. O maior, Edson Arantes do Nascimento, crioulo num país onde ser preto continua sendo um desprezado cartão de visita.
Mário Filho conta a história do nosso futebol que começou aqui com os ingleses da fábrica Bangu.
Todos brancos, de famílias conhecidas, estudando em bons colégios.
O tempo colocou razão nesse tema e os crioulos tomara conta do jogo.
No último fim de semana, Vinicius Júnior, cria do Flamengo, hoje no Real Madrid, passou por episódios de ódio aos negros, na Espanha que dariam para corar um monge de barro.
É um absurdo que países europeus que conhecem o preconceito, a discriminação, países eminentemente católicos, ainda convivam calados, com torcedores cheios de ódio contra negros.
Uma vergonha, aliás, mais uma, estampada na testa da vergonhosa sociedade espanhola!
Estou aqui, indicando essa preciosidade que é na verdade, sem tirar nem por, a história da maior paixão nacional, o futebol.
Pelé, Garrincha, Leônidas, Frienderreich, Borghert, Fluminense, Vasco, Botafogo, Bangu, América, Flamengo e os paulistas, estão esperando por você para que esta história seja lida, contada e repetida, até uma hora depois do fim dos tempos, por todos nós, certamente, como diria o genialíssimo Nelson Rodrigues, irmão ilustríssimo do autor!
O NEGRO NO FUTEBOL BRASILEIRO.
Quinta edição, uma aula de história, sociologia, antropologia e, sobretudo, uma aula de superação para quem foi, é, e continuará sendo discriminado neste nosso país de aparências.
Aproveite!
Sensacional!
Ronaldo Gomlevsky
Imagem: colagem de Ronaldo com Pelé e Zico, arquivo Menorah Brasil
