Mahmoud Abbas e a volta dos que sempre foram
Na Alemanha o líder da Autoridade Palestina, já com 87 anos de idade, talvez meio senil, em encontro oficial com o chanceler alemão bradou que Israel praticou “50 Holocaustos” contra os palestinos. Certamente, o chanceler e todos os presentes gelaram.
Banalizar o Holocausto na Alemanha é crime e a promotoria está às voltas com a questão de como indiciar o líder palestino, que talvez tenha se referido aos 300 milhões de palestinos que Israel assassinou… Só pode ser senilidade. Tudo indica que será indiciado mas teria imunidade.
Em Israel, muitos ficaram horrorizados com a fala de Abbas, mas obviamente, todo o setor do Meretz e camaradinhas limitados que prefere os palestinos à Israel, manteve-se calado, fazendo de conta que nada tem a ver com isso.
Não há por que se espantar com a fala estapafúrdia de Abbas. Advogado, formado pela Universidade de Damasco, na Síria, obteve um doutorado em história pela Universidade Estatal de Moscou, em 1982, tendo estudado durante os últimos quatro anos da gestão de Leonid Brejnev a frente do Kremlin. Sua tese nota 10 determinou que sionistas e nazistas trabalharam em conjunto e que nem ao menos um milhão de judeus foram mortos na Segunda Guerra Mundial, todos como efeitos colaterais e por doenças. Mais ou menos o que escrevia S.E. Castan, no Brasil. De fato, os textos de um poderiam ser assinados pelo outro e ninguém ia perceber.
Estes dados sobre a Abbas, hoje estão divulgados abertamente na Wiki e em perfis pró-palestinos. Antes dele substituir Yasser Arafat, era também o que constava nas biografias públicas das lideranças palestinas no site do Ministério das Relações Exteriores de Israel. Mas no dia em que ele assumiu a posição de líder da Autoridade Palestina, o ministério removeu o caráter revisionista mentiroso do Holocausto da biografia dele. Ninguém em Israel se importou publicamente com isso, e talvez ninguém lembre.
Isto explica o espanto de uns a certeza de outros. Mahmoud Abbas sempre foi um orgulhoso revisionista do Holocausto que será premiado em breve com uma cadeira de membro da ONU.
Opinião de José Roitberg – jornalista e pesquisador
Imagem: montagem ilustrativa de Mahmoud Abbas em foto de divulgação da EBC com Adolf Hitler em domínio público.
