Mais de 350 atos anti-Israel em faculdades nos EUA no ano passado
A Liga Antidifamação registrou mais de 350 incidentes anti-Israel nos campi universitários dos EUA durante o último ano letivo, anunciou a organização nesta semana, dizendo que as atividades impactaram negativamente os estudantes judeus e faziam parte de uma tendência crescente de ostracismo dos sionistas.
Os incidentes variaram de duras críticas ao estado judeu a assédio e exclusão de estudantes judeus devido às suas posições percebidas em Israel.
“O ódio antissemita dirigido aos estudantes pró-Israel é profundamente perturbador e faz com que nossas faculdades e universidades se sintam menos seguras para os estudantes judeus”, disse o chefe da ADL, Jonathan Greenblatt, em um comunicado.
O Relatório Anual de Campus da ADL, divulgado na quarta-feira (12/out) , registrou 359 incidentes anti-Israel durante o ano letivo de 2021-2022. O relatório se concentrou no ativismo mais radical e não nas críticas rotineiras a Israel, e pretende fornecer um instantâneo do ambiente do campus e não abrange a totalidade nem é um estudo científico, disse a ADL.
Muitos dos incidentes foram “antissemitas na intenção ou no efeito”, disse o relatório. “Embora outros incidentes possam não ser antissemitas, coletivamente eles podem contribuir para um ambiente de campus mais hostil para estudantes judeus”.
O relatório destacou o que disse ser um movimento crescente para fazer da oposição a Israel e ao sionismo “elementos centrais da vida no campus ou como um pré-requisito para a plena aceitação na comunidade do campus”.
Incidentes antissemitas nos campi norte-americanos por tipo: agressão (1), vandalismo (11), intimidação (19), resolução pró BDS (20), evento (143) e ação de protesto (165).
Uma pesquisa realizada pelo Hillel e pela ADL no ano passado (2020) descobriu que um terço dos estudantes judeus experimentou antissemitismo no campus, principalmente por meio de assédio verbal pessoalmente e online, além de danos materiais.
Observação de Menorah: a conclusão da ADL lá longe, nos Estados Unidos regido por um presidente Democrata vai ao encontro da realidade bem conhecida no Brasil. Professores judeus com posições contra Israel e contra o sionismo são mais bem aceitos nas universidades, principalmente públicas e vários, utilizam seus títulos docentes como “garantia” para seu discurso contra Israel ser considerado “a verdade dos fatos”. Agora, nos EUA, isto está sendo cobrado aos alunos judeus.
Infelizmente a ADL ainda não percebeu ou conseguiu discernir quando uma suástica é uma agressão nazista do tipo “judeu, nós estamos aqui” e quando uma suástica é uma agressão de esquerda ou pró-palestina, significando “ judeu, você é nazista.”
Imagem: foto de um dos incidentes na Universidade da Califórnia (UCLA), onde algum aluno que desenha muito mal, retratou a visão dele do mito de que os judeus controlam Hollywood e que isso mataria os palestinos. Foto publicada no relatório da ADL.
Leia o relatório completo em inglês – https://www.adl.org/resources/report/anti-israel-activism-us-campuses-2021-2022