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Memorial de Buchenwald vandalizado duas vezes na semana passada

Nove árvores de faia plantadas anos atrás em respeito às vítimas do campo de concentração de Buchenwald, na região central da Alemanha, a Turíngia, foram cortadas. Sete foram vitimadas no meio da semana e outras duas no sábado 22/jul.

As árvores foram plantadas numa ação enorme do projeto alemão “1.000 Faias”, da entidade Lebenshilfewerk, que desde 1999 às vem plantando ao longo das rotas das marchas que os prisioneiros eram obrigados a fazer para chegar ao campo ou morrer pelo caminho. O da entidade pode ser traduzido livremente como “Plantar Pela Vida”.

O governador da Turíngia, Bodo Ramelow, se pronunciou sobre o caso nesta segunda-feira 25/jul: “A resposta tem que ser decisiva – para cada faia derrubada vamos plantar duas!”. Acrescentou que irá plantá-las pessoalmente.

De fato, Buchenwald significa floresta das faias, a árvore predominante na região.

No campo de concentração foram mortos pelos nazistas 56.000 prisioneiros homens, mulheres e crianças durante a Segunda Guerra Mundial.

Observação Menorah: um aspecto que nos estranha, nestes casos, é a ausência completa de câmeras de segurança patrimonial em todos os campos de concentração memoriais onde já estivemos na Europa. Com certeza existem câmeras nas ruas e prédios onde moram seus diretores e funcionários, como em qualquer lugar, mas nunca nestas instalações sensíveis. Nossa impressão e tal ausência ser intencional, não podendo ser justificada por custos.

Imagem: portão de entrada do campo de concentração de Buchenwald, hoje um memorial visitável. Foto de “Chione”, Wikipedia CC.4.0.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.