ONU publica homenagem ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto sem mencionar judeus ou Israel

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, provocou indignação no sábado depois de publicar uma homenagem ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto que omitiu referências aos judeus ou ao Estado judeu. A declaração da agência de refugiados da ONU também não fez qualquer referência à natureza única da vitimização judaica no genocídio nazista.

“Nunca fiquemos calados diante da discriminação e nunca sejamos tolerantes com a intolerância. Falemos pelos direitos humanos e pela dignidade de todos”, declarou Guterres numa mensagem de vídeo publicada na plataforma X. “Nunca percamos de vista a humanidade uns dos outros e nunca baixemos a guarda.”

A declaração do Dia Memorial do Holocausto feita pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) também não continha qualquer referência à especificidade judaica do Holocausto nazi.

O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, apontou a tendência em um comunicado publicado por um conselho local na Grã-Bretanha.

Já o Presidente dos EUA, Joe Biden, em uma mensagem para o Dia Internacional em Memória do Holocausto, alertou para o aumento alarmante do antissemitismo após o ataque terrorista do Hamas a Israel, em 7 de Outubro, bem como para os esforços de alguns para minimizar o que aconteceu naquele dia.

Biden, que lançou a primeira estratégia nacional dos EUA para combater o antissemitismo em maio de 2023, disse na sexta-feira que a necessidade de lembrar o Holocausto e o “flagelo do antissemitismo” era mais premente do que nunca após o ataque do Hamas que deixou 1.200 mortos, a maior perda de vidas num único dia desde a criação de Israel em 1948.

“Não podemos lembrar tudo o que os sobreviventes judeus do Holocausto passaram e permanecer em silêncio quando os judeus são atacados e alvos novamente hoje”, disse ele, pedindo uma resposta enérgica contra a negação do Holocausto e “esforços para minimizar os horrores que o Hamas perpetrou em 7 de outubro”. , particularmente o uso terrível e imperdoável de estupro e violência sexual para aterrorizar as vítimas.”