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Presidente chileno recusa embaixador de Israel. Isso é programático da esquerda política. Lembram que a Dilma fez a mesma coisa?

Dani Dayan, foi o embaixador nomeado para o Brasil por Bibi Netanyahu e recusado pela presidente, depois removida do cargo, Dilma Roussef do PT. Isso aconteceu em meados de 2015, portanto já se passaram sete anos.

Dilma, então declarou não aceitar o sujeito por ele ter sido algo como prefeito geral das “colônias judaicas na Cisjordânia”, inaceitável para o PT de ontem e provavelmente para o PT de hoje, inclusive para os judeus que fizeram parte do primeiro escalão de Lula e Dilma.

Dias atrás foi o presidente amplamente esquerdista do Chile, Gabriel Boric que desatou novo pastelão. Recusou-se a receber as credenciais do novo embaixador de Israel, Gil Artzieli, acusando através da mídia, de Israel ser um “estado matador de crianças palestinas”.  Embaixador este nomeado pelo primeiro-ministro Lapid, opositor de Bibi Netanyahu. Isso foi deflagrado pela morte de uma “criança” palestina de 17 anos de idade, armada que atacou militares israelenses a tiros.

Gabriel Boric já possuía um discurso antissemita há anos. Isso que ele acabou de fazer era esperado. Ele precisa fazer isso para o eleitor dele, com toda a certeza. Fosse uma agenda aberta contra o Estado Judeu, Boric deveria ser honesto e romper relações diplomáticas de uma vez. Mas pedir honestidade de um presidente de esquerda é usar uma palavra que eles não conseguem compreender.

A diferença entre a patuscada de Dilma e a de Boric é notável: Dilma não aceitava aquele homem pelo que ele foi, mas dava tapinhas nas costas do assassino condenado italiano Cesare Batistti, asilado no Brasil, protegido pelo PT e pelo STF, enaltecendo este homem pelo que ele foi.

Enquanto Boric determinou que o país e seus habitantes são assassinos de crianças, porque os judeus sempre foram assassinos de crianças (não é isso que o catecismo católico ensinou por séculos?). Aliás, se aliando a Carta de Fundação do PSOL que determina ser Israel um estado genocida.

A primeira-ministra chilena, Antonia Urrejola, conversou rapidamente com o presidente de Israel, Isaac Herzog, após o funeral da rainha em Londres e pediu desculpas pela decisão de Boric.

Ainda no sábado 17/set o ministério das relações exteriores emitiu a seguinte nota: “O Governo do Chile reagendou a apresentação das Cartas Credenciais do embaixador designado de Israel, Gil Artzyeli, para a sexta-feira, 30 de setembro próximo”.

É muito claro que a primeira-ministra e as relações exteriores deram um cala boca no Boric.

Uma reação também muito diferente da do PT de Dilma e do falecido Marco Aurélio Garcia que fecharam questão para não aceitar Dani Dayan de maneira alguma. Dani foi enviado como diplomata para uma cidade consideravelmente melhor que Brasília. Passou uns anos de Nova Iorque e foi alçado à presidente do Yad Vashem em Jerusalém, no mês de agosto de 2021. Antes, Gil Artzieli foi embaixador de Israel no Panamá

Enquanto isso na Turquia, IIrit Lillian, foi elevada ao posto de embaixadora de Israel em Ancara, posto que não existia desde de 2018 e mostra o reatamento das relações normais entre os dois países.

Imagem: captura de tela de entrevista do embaixador de Israel Gil Artzieli, à TV panamenha em 2018.

Opinião de José Roitberg – jornalista e pesquisador

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.

One thought on “Presidente chileno recusa embaixador de Israel. Isso é programático da esquerda política. Lembram que a Dilma fez a mesma coisa?

  • Regy de Abreu

    A incoerência, arbitrariedades, ódio e revanchismo aliados a parco poder de análise e distorção de fatos vicejam no meio da esquerda, não só do Brasil, mas da América do Sul. Atribuem aos conservadores discurso de ódio, mas quem odeia mesmo, por meio de discurso e ações, são eles. Ridículos!!!

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