Procuradora petulante Myara não tem limites
Procuradora-geral, em processo de impeachment, diz que fim da colaboração com o jornal Haaretz é ilegal.
A procuradora-geral Gali Baharav Miara informou que a decisão do governo de não mais trabalhar com o jornal Haaretz era legalmente inválida. Em novembro, o governo adotou a proposta do ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, de parar de anunciar no Haaretz. A decisão foi tomada após vários artigos que minaram a legitimidade de Israel e seu direito à autodefesa, e aos comentários do diretor do jornal, Amos Schocken, que descreveu terroristas palestinos como “combatentes pela liberdade”.
“Não podemos aceitar que o editor de um jornal publicado em Israel peça sanções contra Israel e apoie os inimigos em meio a uma guerra, sendo ainda financiado pelo Estado”, disse o ministro.
Ele expressou sua indignação à atitude de Miara. “É mais uma expressão do poder arrogante de autoridades. Em vez de servir ao governo, ela o combate, em um grave conflito de interesses, em meio a um processo de impeachment contra ela. Mais uma vez, ela escolhe defender, não a lei, mas um jornal que incita, mente, difama soldados, prejudica famílias enlutadas e encoraja nossos inimigos. Não há obrigação legal de financiar o jornal. Existe uma obrigação moral de parar de financiar aqueles que agem contra o Estado.
Isto não é liberdade de imprensa, é liberdade para incitar o ódio com dinheiro público”.
Precisamos lembrar ao leitor, que, durante a guerra, uma jornalista do Haaretz, o jornal de menor circulação em Israel e o único que é vendido, e não ofertado de graça, publicou na conta X oficial dela que que “os soldados de Israel eram racistas porque não estupravam mulheres palestinas”. É exatamente isto que você leu: os soldados deveriam estuprar mulheres palestinas e com isso, se comprovariam inclusivos e não-racistas. E em momento algum, Baharav-Myara, que é mulher sequer teceu algum comentário sobre o artigo. Para ela, tudo certo.
A jornalista em questão é Naama Riba, que também tinha certeza de que a avaliação dela era verdadeira e sancionada pela academia em Israel, pois recebeu um prêmio, em 2007, longos 17 anos antes, pelo trabalho que escreveu como aluna na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde ela ia muito além e afirmava que as mulheres palestinas não eram estupradas pelos israelenses porque os israelenses não as consideravam seres humanos. O fato da ética judaica não fomentar o estupro, parece que não interessa a dona Riba, graduada em arquitetura.
Algumas manchetes antissemitas do Haaretz, que se tivessem sido publicadas por jornais não-judaicos ou não de Israel, teriam levado à processos judiciais.
“Os rabinos do exército soam de forma racista” (26/jan/2009)
“O racismo agora define a identidade judaica em Israel?” (8/fev/2019)
“Manter a kashrut (normas de alimentação religiosa judaica) no exército é racismo”, (11/fev/2020)
“Sionismo é racismo” (27/dez/2022)
“Judeus da América: levantem-se e combatam os racistas e os mentirosos de Israel, lutem pela democracia”. (7/set/2023)
Após 7 de outubro de 2023
“O racismo sempre foi a parte central do DNA de Israel.” (24/nov/2024)
“Você não precisa da direita racista para verificar as sementes do racismo, da demonização e desumanização dos palestinos.” (29/mar/2025)
Essa pequena lista serve apenas para mostrar que o Haaretz não tem uma postura antissemita contra a religião judaica e o Estado Judeu, desde o ataque de 7 de outubro de 2023, mas há muito tempo. Uma assessora jurídica do governo ter a petulância de determinar que o governo deve financiar uma mídia destas com a anúncios sequer é uma decisão: é uma aberração.
Deveríamos simplesmente ignorar o Haaretz? Sim. Este seria o correto, como ignoramos publicações racistas e antissemitas da extrema esquerda no Brasil, como os jornais Hora do Povo (SP) e DCO (Diário da Causa Operária). A diferença é que estes dois pastiches marxistas falam apenas aos seus leitores. Já o Haaretz é a mídia com 100% de credibilidade considerada pela esquerda judaica brasileira e pelos jornalistas brasileiros da grande mídia para se informarem sobre Israel. Portanto, não podemos deixar quieto. Você pode imaginar qual seria a imagem internacional do Brasil se as mídias europeias e norte-americanas fossem pautadas pelo DCO? Mas é exatamente isso que acontece com Israel.
Fonte: Revista Bras.il a partir de LPH Info, com acréscimos de José Roitberg
Imagem, print de tela do site do Haaretz, de 23/nov/2023, portanto de 47 dias apenas depois do ataque do Hamas de 7/out/2023, quando uma Nirit Anderman, 50, jornalista da área de cultura e cinema, ativista LGBTSQIA+, decidiu explicar, bem direitinho, para o mundo inteiro por que o sionismo é racismo. Será então ela, nascida em Israel, formada na Universidade Hebraica de Jerusalém, empregada num jornal israelense, uma luz que ilumina o racismo dos outros, enquanto apaga ou seu próprio?