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Sinagoga Hurvá já foi duas vezes destruída e três vezes reconstruída

Localizada no Bairro Judaico, em Jerusalém, a Hurvá é também conhecida com Sinagoga da Ruína (hurvá quer dizer ruína). A primeira sinagoga foi construída em 1700 por judeus asquenazitas. A morte prematura do rabino que construiu, fez com que os seus paroquianos pedissem empréstimos ao árabes. Porém, em vingança pelos defeitos, a incendiaram em 1720 e expulsaram toda a comunidade da cidade.

A fachada da Sinagoga Hurvá, em Jerusalém
Foto: Chesdovi (London, UK), CC BY-SA 3.0 < via Wikimedia Commons

Em 1864 foi construída a segunda sinagoga “Hurva”, no mesmo local da primeira mas com muito mais esplendor e, tornando-se o símbolo por excelência do renascimento espiritual e nacional judaico.

Já em 26 de maio de 1948, durante a Primeira Guerra Árabe Israelense, a Legião da Jordânia deu um ultimato  aos israelenses. Ordenou que se rendessem ou a Hurvá seria bombardeada. No dia seguinte, depois de não receberem nenhuma resposta, os jordanianos explodiram a sinagoga histórica colocando um barril de 200 litros cheio de explosivos contra a parede do prédio.

Após Israel reconquistar e reunificar a Cidade Velha em 1967, houve um debate sobre se reconstruir a sinagoga ou deixá-la como um memorial.

SOLUÇÃO TEMPORÁRIA
Uma solução temporária e simbólica foi criada. Em 1977, um dos quatro arcos de pedra que originalmente sustentavam a cúpula monumental da sinagoga foi recriado. Com o que restava da construção,o local tornou-se um memorial sobre o que havia no local anteriormente, tornando-se um importante marco no Bairro Judeu.

O plano para reconstruir a sinagoga em seu estilo original recebeu aprovação do Governo Israelense em 2000, tendo as obras sido iniciadas em 2007.

Em 15 de março de 2010 a terceira sinagoga Hurvá foi inaugurada.

A Sinagoga Hurva, como um emblema de Jerusalém e de sua herança judaica, foi retratada ao longo dos anos em várias pinturas e mencionada na literatura e na cultura.

Em setembro de 2010, o Hamas veiculou um vídeo de propaganda mostrando vários marcos israelenses, incluindo a sinagoga Hurva, em chamas após sofrer um ataque de mísseis, resultado de efeitos especiais, já que nenhum desses ataques havia ocorrido.

Marcia Salomão

Publicitária, com formação em publicidade, propaganda, marketing e relações públicas, Atua nas áreas de produção editorial e assessoria de imprensa.