Sobreviventes do Holocausto conseguem suspender leilão de tatuadores de Auschwitz
Um tribunal israelense emitiu uma liminar na quarta-feira, interrompendo o leilão de material para tatuar números usados pelos nazistas em judeus e outros prisioneiros de Auschwitz, após um apelo de um grupo de sobreviventes do Holocausto.
Esses artefatos foram fabricados pela empresa alemã de dispositivos médicos Aesculap e possui conjuntos de agulhas de tatuagem intercambiáveis, que formam uma espécie de carimbo para estampar um número com tinta na pele dos prisioneiros. E conta ainda com um livro de instruções.
O leilão estava programado para o dia 9 de novembro, organizado pela casa Tzolman em Jerusalém e o catálogo incluía 8 dessas placas.
Um grupo de organizações israelenses de ajuda aos sobreviventes do Holocausto apelou ao tribunal distrital de Tel Aviv, que congelou o processo.
No dia16 de novembro para uma haverá uma “audiência urgente” sobre o assunto.
“A venda desses elementos é moralmente inaceitável”, disse Dani Dayan, presidente do Yad Vashem, que era a favor de o Knesset (o Parlamento israelense) legislar sobre o assunto. “Os leilões servem apenas para estimular a proliferação de falsificações por traficantes gananciosos”, alertou via Twitter o chefe do Centro e Museu do Holocausto, com sede em Jerusalém.
Sobre o assunto indicamos na NETFLIX o documentário Numerado. Guiado por relatos de sobreviventes, este documentário explora a história e o significado dos números tatuados nos corpos dos prisioneiros de Auschwitz.
crédito da foto: Casa Tzolman Leilões
