Movimento Conservador-Massorti mundial e Mizrahi Mundial se posicionam contra a reforma judiciária em Israel
O movimento internacional Conservador-Masorti pediu no domingo ao governo que interrompa sua revisão judiciária planejada, alertando que partes dele “eviscerariam” o sistema de freios e contrapesos do país.
A liderança mundial dos conservadores-masorti, representando cerca de 2 milhões de judeus conservadores em todo o mundo (cerca de 12,5% de todos os judeus), disse que apoiava a iniciativa do presidente Isaac Herzog de congelar o atual processo legislativo e reunir representantes do governo e da oposição para manter negociações para a reforma judiciária .
“Entendemos a natureza extraordinária de um apelo de um movimento global que representa mais de 2 milhões de judeus da diáspora em relação a uma questão interna do Estado de Israel. Mas nosso amor por Israel nos obriga a agir, assim como em todas as crises passadas que o Estado de Israel enfrentou”, disse a organização guarda-chuva.
A liderança conservadora-masorti se juntou a vários outros grandes grupos judaicos internacionais pedindo negociações sobre reforma judiciária à luz das crescentes divisões da sociedade israelense sobre a dramática revisão proposta pelo governo, o que alteraria radicalmente a distribuição de poder no governo, retirando o judiciário de quase todo o seu poder e independência.
Mizrachi Mundial
Na semana passada, o movimento religioso sionista Mizrachi Mundial, de direita, também convocou os partidos políticos israelenses a se reunirem e negociarem a reforma judiciária , dizendo que está “profundamente alarmado e preocupado com a divisão e o tom ácido em torno das propostas atuais para reformar o sistema judicial.”
O Mizrachi Mundial, um movimento ortodoxo, enfatizou a necessidade de “amplo consenso” antes de fazer grandes alterações estruturais no sistema governamental de Israel, observando as cicatrizes duradouras de tempos anteriores, quando “mudanças controversas de longo alcance foram feitas pelo governo, como os Acordos de Oslo e desvinculação de Gaza… com a menor das maiorias e de uma forma que cerca de metade dos cidadãos de Israel foram forçados a algo que consideraram catastrófico.”
“Ações passadas precisam ser aprendidas para garantir que uma mudança positiva e sustentável possa ocorrer de forma que o tecido interno de Israel seja fortalecido e não, D’us nos livre, ameaçado”, afirmou em um comunicado.
Imagem: captura de transmissão da TV Knesset da sessão do parlamento que aprovou a primeira leitura da reforma judiciária em Israel
