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Museu do Holocausto de Portugal já recebeu mais de 10 mil visitantes

O Museu do Holocausto do Porto, em Portugal, já recebeu mais de 10 mil visitantes no primeiro mês. Isso corresponde a uma média de 300 visitantes por dia, distribuídos entre visitantes nacionais oriundos de todo o país, e também vindos da Espanha, de acordo com um comunicado da Comunidade Judaica do Porto, responsável pela criação do museu.

Os visitantes poderão conhecer uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz (campo de concentração), assim como uma sala de nomes, o memorial da chama, cinema, sala de conferências, centro de estudos, corredores com a narrativa completa e, à imagem do Museu de Washington (EUA), fotografias e telas exibindo filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia. O museu abriga também documentos e objetos deixados pelos refugiados na Sinagoga do Porto durante a Segunda Guerra Mundial.

Museu do Holocausto do Porto – foto de João Bizarro, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

No espaço, retrata-se “a vida judaica antes do Holocausto, o nazismo, a expansão nazista na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, a Solução Final, as marchas da morte, a libertação, a população judaica no pós-guerra, a fundação do Estado de Israel, vencer ou morrer de fome, os justos entre as nações”.

O Museu do Holocausto do Porto abre diariamente, entre as 14h30 e as 17h30, e é gratuito para todos os públicos até ao mês de junho, passando a ter entrada livre para os jovens a partir dessa data.

“Visto que 70% do público é constituído por jovens, sobretudo adolescentes, que aqui se deslocam em grupo, fora do contexto escolar, decidimos estender a gratuidade para menores de 30 anos, sem prazo.”, explica Gabriela Cantergi.

No Museu do Holocausto do Porto costumam estar também membros da Comunidade Judaica do Porto, incluindo filhos de sobreviventes do Holocausto, que conversam com os visitantes, como por exemplo Josef Lassmann, cuja mãe esteve em Auschwitz, enquanto o pai que perdeu toda a família no Holocausto.

“A maioria dos visitantes não tem noção do que aconteceu durante o Holocausto. Quando eles percorrem o Museu e descobrem que podem falar diretamente com um filho de sobreviventes do Holocausto, esse é sempre o momento mais emocionante da visita. São conversas longas, interessadas, muito emocionantes para os visitantes e para mim próprio”, explica Josef Lassmann.

Marcia Salomão

Publicitária, com formação em publicidade, propaganda, marketing e relações públicas, Atua nas áreas de produção editorial e assessoria de imprensa.