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Tudo ótimo no Ramadã em Jerusalém e isso a Globo não mostra

Dia 22/mar foi a segunda sexta-feira do Ramadã 2024. De acordo com o WAQF, a Autoridade Religiosa Muçulmana da Jordânia, que administra a Esplanada das Mesquitas, 120.000 muçulmanos, vamos repetir, 120.000 muçulmanos estiveram lá podendo orar em paz e tranquilidade. Na primeira sexta-feira foram 80.000 e o ambiente agradável e normal estimulou a ida de dezenas de milhares a mais.

Ainda segundo o WAQF, 10.000 dos presentes no dia 22 eram cidadãos da Cisjordânia, portanto, diretamente palestinos. Por que a Globo não mostra, e a grande mídia brasileira se faz de mouca? Porque a liberdade religiosa que existe em Israel, desde a independência do Estado Judeu em15/maio/1948 bate de frente com a narrativa demonizadora de genocídio e limpeza étnica pretensamente realizada pelos judeus contra os “palestinos”. Qualquer convivência normal entre as religiões em Jerusalém não frequenta os noticiários.

Ainda bem que a grande mídia não é mais a detentora da verdade, a “editora dos fatos”, como William Bonner não cansa de repetir: ele se julga no direito e dever de determinar o que deve e o que não deve ser visto pelo público, como ele mesmo publicou. Em jornalismo existe uma frase típica e idiota: “Cachorro mijando no poste não é notícia, mas poste mijando no cachorro é!” O que a Globo faz é determinar ao público o que é poste e o que é cachorro. O mijo é fácil de entender, constantemente nos noticiários deles.

Sobre o “genocídio e limpeza étnica de que Israel e os judeus são acusados basta saber o seguinte: Em Israel vivem hoje 2.080.000 árabes majoritariamente muçulmanos e uma pequena parte cristãos (21,1% da população, dado israelense de setembro de 2023). Em 1949 eram 150.000.

Na Cisjordânia, a população árabe de 1949 era de 740.000 pessoas, 280.000 delas que saíram do Estado Judeu e foram para lá ANTES da declaração da independência de Israel e durante as primeiras semanas da guerra de 16/mai/1948 a 10/mar/1949. Guerra esta, iniciada e perdida, por Egito, Jordânia e Síria. Hoje, são 2.630.000 !!! (dados da Jordânia) Portanto a “limpeza étnica”, a eliminação física de árabes, de que Israel é acusado é um dos libelos mais burros e bizarros da história da humanidade. E os burros, bizarros e mal intencionados, adoram repetir.

Por outro lado, na Jordânia, não há judeus, pois assim ela foi criada pelo britânicos em 1921: território proibido aos judeus. estão lá apenas os quadros da embaixada de Israel. No Egito, onde havia 80.000 judeus em 1948, hoje existem apenas 100, metade deles funcionários israelenses da embaixada. Todas as propriedades dos judeus foram confiscadas. No Iraque havia 156.000 em 1947, hoje talvez ainda estejam lá os 3 que foram contabilizados em 2022. Todos os da Síria, menos alguns idosos tiveram que fugir em vários momento desde 1948. Todos do Iêmen, menos um, tiveram que fugir, principalmente quando os Houtis assumiram o controle de parte do país. Todos os judeus da Líbia foram removidos por Kadafi quando em 1967 expulsou os 7.000 judeus restantes do país e confiscou todas as propriedades de judeus.

Não se engane: a limpeza étnica de judeus sempre foi realizada pelos países árabes e por isso, na norma marxista de “acuse-os pelo que fazemos”, eles fizeram e acusam os judeus e Israel de fazer. O mundo, principalmente os jornalistas parecem gostar muito desta narrativa.

Por José Roitberg – jornalista e pesquisador

Imagem: captura de tela da transmissão ao vivo pela Agência Reuters no dia 22/mar/2024. Ao fundo o Domo da Rocha. Os fiéis estão voltados para a mesquita de Al Aqsa.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.